Abstract

O objetivo deste artigo é destacar características e atravessamentos dos movimentos LGBTI brasileiros, da Aids, do HIV e de coberturas jornalísticas da síndrome que surgiu publicamente no início dos anos 1980. Resgatamos dimensões históricas e questões atuais como desafiadoras para as ciências, a medicina, governos e militantes com o intuito de refletir sobre disputas que estiveram e estão em curso, principalmente aquelas que se relacionam com a LGBTIfobia e outras opressões sociais. A pesquisa foi realizada por meio de levantamento bibliográfico acerca das políticas do movimento LGBTI, do HIV e da Aids, bem como do uso de resultados de pesquisa anteriormente realizada sobre homofobia e narrativas jornalísticas. Observou-se uma conexão complexa entre as relações engendradas no surgimento da síndrome, próxima aos primeiros passos do movimento LGBTI no Brasil, como a produção ambivalente de visibilidades, assim como a manutenção de preconceitos históricos que ainda reverberam no tecido social.

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