Abstract
Nesse artigo apresentamos análises do Prelúdio X, Livro II, intitulado Canope, de Claude Debussy e da Introdução à primeira parte do balé A Sagração da Primavera de Igor Stravinsky. Nosso trabalho enfoca o conteúdo harmônico destas peças que são interpretadas através de métodos tradicionais de análise harmônica tonal, como o detalhado por Walter Piston em seu livro Harmony, bem como sob a luz de técnicas de organização de alturas comuns aos compositores das vertentes estéticas estudadas, como as compiladas por Stefan Kostka e Matthew Santa. Nossos resultados mostram como essas obras, provenientes da produção de compositores de estéticas e gerações distintas, compartilham uma mesma caraterística: a dissociação entre a forma e a estrutura harmônica. Em ambos os casos, embora como resultantes de procedimentos distintos de organização harmônica, encontramos um plano organizacional subjacente inspirado no sistema tonal que subsidia a criação de uma harmonia sem traços perceptíveis de relações tonais.
Highlights
In this paper we present analyses of the Prelude X, Book II, entitled Canope, by Claude Debussy, and of the Introduction to the first part from the ballet The Rite of Spring by Igor Stravinsky
Our work focuses on the harmonic content of these pieces which are interpreted through traditional methods for analysis of tonal harmony, such as the detailed by Walter Piston is his book “Harmony”, as well in the light of techniques for pitch organization common to composers of the aesthetics studied here, as the ones compiled by Stefan Kostka e Matthew Santa
Our results show how these works, output of composers from different aesthetics and generations, share a same characteristic: the dissociation between harmonic form and structure
Summary
Para este trabalho definimos dois conceitos: forma harmônica e estrutura harmônica. Entendemos uma forma harmônica como uma resultante perceptual da harmonia de uma música. Ainda para esses autores, as noções organicistas de simetria e coerência entre estrutura fundamental e superfície musical são preservadas como inerentes de uma obra bem-sucedida. Especificamente em nossas análises de Canope e do movimento de Introdução de “A Sagração...”, entendemos por estrutura harmônica uma progressão de funções harmônicas tonais que elucubramos que os respectivos compositores usaram como base para organizar suas músicas. O que apontamos neste artigo é que, apesar de identificarmos nas obras de Debussy e Stravinsky estruturas harmônicas globais que se fundamentam em características do tonalismo, as formas harmônicas resultantes na superfície musical operam como um recurso de mascaramento das características da estrutura e inibem uma possível relação auditiva com o esquema organizacional harmônico subjacente. A análise da estrutura harmônica é feita por relações abstratas identificáveis nas partituras das obras
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