Abstract
No presente artigo, o objetivo central é compreender a feira-livre como um espaço estratégico para a permanência da agricultura familiar, indo além da temática da inserção de mercado. A pesquisa de campo foi desenvolvida nas duas feiras-livres centrais da cidade de Chapecó/SC, dividida em duas etapas: levantamento das características dos feirantes, por meio da entrevista com base em um formulário com questões abertas e fechadas com 63 feirantes responsáveis pelas bancas; e entrevistas com base em questões semiestruturadas com as 28 famílias que se enquadraram como feirantes agricultores familiares residentes no Município de Chapecó. Os dados coletados foram apresentados em quadros sínteses e a análise realizada seguiu os parâmetros da análise de conteúdo. Os resultados demostram a importância desse mercado de proximidade para os agricultores familiares feirantes, não apenas como espaço de comercialização de produtos, mas como espaço de construção social em que estão presentes as relações de interconhecimento, de reciprocidade e de relativa autonomia frente ao sistema agroalimentar hegemônico.
Highlights
In this article the central objective is to understand the fair as a strategic space for the survival of family farming, going beyond the issue of market integration
Mesmo sendo significativo o número das famílias com sucessores na atividade, a maioria não os possui, o que remete a pensar tanto no risco da continuidade das unidades produtivas familiares como da feira-livre
No de agricultores familiares em cada atividade, no de bancas de agricultores familiares de Chapecó nas duas feiras-livres centrais
Summary
Uso da motomecanização, seleção e melhoramento genético de plantas e animais, entre outros aspectos, vinculada aos Complexos. Foi essa predominância da agricultura de base familiar que possibilitou a mudança para o sistema de integração entre indústrias e agricultores desde a década de 1940. Esse processo de modernização ocasionou mudanças significativas nos sistemas produtivos com características camponesas voltadas para a autossuficiência, por meio da utilização dos pacotes tecnológicos, das normas técnicas, da introdução do melhoramento genético, do uso de insumos e equipamentos agrícolas. O foco de trabalho da extensão rural nos anos 1990 passou a ter como público alvo os agricultores familiares que não participaram do processo de integração com os complexos industriais excluídos do processo pelas exigências de incremento tecnológico e de produtividade, assim como aqueles que, mesmo integrados, procuraram novas estratégias de trabalho e busca de maior autonomia. No de blocos de produtor rural e no de declarações de aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar de Chapecó no ano de 2015
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