Abstract
O artigo pondera sobre os dilemas da ação coletiva de confronto dos movimentos sociais que prezam por atividades isentas de violência. Tais ponderações estão alicerçadas numa articulação entre o segmento de estudos acerca dos movimentos sociais em geral, mais detidamente a teoria do confronto político de Charles Tilly e seus colaboradores, e a área que pesquisa restritamente a respeito de movimentos sociais que são avessos à violência em suas ações diretas, especialmente a teoria política da ação não-violenta (nonviolent action) de Gene Sharp e seus continuadores. O objetivo central aqui está em relacionar certos conceitos da teoria do confronto político (oportunidades políticas; enquadramento interpretativo; estruturas de mobilização; repertório de confronto) com as concepções existentes para a organização ativa dos movimentos não-violentos (a dinâmica da ação não-violenta), no intuito de estabelecer um diálogo entre as duas teorias e tornar mais nítidos os pontos de contato entre ambas. A metodologia terá respaldo na teoria política, cujas características foram revigoradas a partir da década de 1970. Como resultado, há possíveis respostas a alguns dos hiatos deixados pelas teorizações sobre a ação não-violenta de movimentos sociais, principalmente aqueles relacionados à organização inicial do movimento por parte de seus criadores.
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