Abstract

Para que a indústria dos videogames funcione e se expanda, necessita de métodos produtivos e criativos que almejam prever e prescrever as ações e comportamentos de seus jogadores. Nesse sentido, desenvolve formas de centralizar o jogador como critério-chave de todas as decisões que guiam a construção de um mundo de jogo. Em 2009, no entanto, Minecraft surge como um rompimento radical com as diretrizes da indústria, invertendo em todos os aspectos a noção de que o jogador é o centro do mundo de jogo. A proposta deste trabalho é compreender essa inversão, que chamaremos de descentralização dos jogadores. Defendemos que sua emergência expõe a necessidade de repensar epistemologicamente a conexão entre jogo e jogador. Tomamos esta tarefa como objetivo deste trabalho, tratando-a em três etapas: primeiro, definindo o fenômeno da descentralização como um tipo de tessitura conectiva entre jogador e jogo. Depois, aprofundando a dimensão material da experiência de atuação em um mundo de jogo. Por fim, radicalizando a noção de descentralização, identificando-a como força potencial em qualquer jogo.Palavras-chave: Videogames. Minecraft. Mundos de jogo. Sensorialidade.

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