Abstract

La obra revela el único testimonio documental, hasta ahora conocido, en el que aparece explícitamente el nombre de Múnio Fernandes de Mirapeixe, trovador integrado en uno de los estratos más antiguos de la tradición manuscrita de la lírica gallego-portuguesa. Además de permitirnos fijar el nombre del poeta como “Múnio” (y no “Nuno”) y confirmar su inclusión biográfica en las últimas décadas del s. XII y primeras del s. XIII, este registro abrió la puerta para descubrir, al menos en parte, la identidad genealógica de los Mirapeixes, permitiéndonos integrarlos en el contexto familiar de los Monterroso. El análisis de la información relacionada con el ámbito más cercano al poeta ha sido complementado con un numeroso conjunto de datos sobre la estirpe Monterroso, destacando el papel de este linaje en la protección del Camino de Santiago (Hospital de Pena Godom) o favoreciendo la instalación de la Orden de Santiago en el monasterio familiar de Vilar de Donas. En cuanto a la obra poética de Múnio Fernandes, consideramos la posibilidad de que le sea atribuida la canción de amor que aparece, en B, bajo la autoría de Fernão Figueira de Lemos.

Highlights

  • This paper reveals the so far known only documentary testimony in which the name of Múnio Fernandes de Mirapeixe, a troubadour from one of the earliest periods in the Galician-Portuguese manuscript tradition, explicitly appears

  • The analysis of the information related to the area closest to the poet is complemented with a large set of data on the Monterroso lineage, highlighting the role of this lineage in protecting the Camino de Santiago (Hospital de Pena Godom) or favoring the installation of the Order of Santiago in the family monastery of Vilar de Donas

  • With regard to Múnio Fernandes’ poetic work, we consider the possibility that the love song attributed in B to Fernão Figueira de Lemos may be accredited to him

Read more

Summary

Este artigo integra-se nos projetos

O trovador Múnio Fernandes de Mirapeixe e a sua parentela”, em ­Madrygal. Angelo Colocci manifestou alguma incerteza na hora de transcrever o nome próprio do trovador da linhagem dos Mirapeixe que é objeto deste estudo. Quer na Tavola Colocciana, quer na rubrica atributiva que precede as suas cantigas em B, a forma inicial Monio é seguida do esclarecimento “vel Nuno (Fernandez de Mirapeyxe)”. Trata-se, com efeito, de um antropónimo de ocorrência única no elenco dos poetas da lírica galego-portuguesa; pelo contrário, são relativamente frequentes os autores nomeados “Nuno” (Nuno Eanes Cerzeo, Nuno Fernandez Torneol, Nuno Perez Sandeu, Nuno Porco, Nuno Rodrigues de Canderei, Nuno Treez), mas em nenhum dos casos se manifesta qualquer tipo de hesitação interpretativa. Portanto, que o nome próprio do nosso trovador foi, em versão atualizada, “Múnio”[4]. O trabalho complementa-se com um esquema genealógico e com a edição, em apêndice, daqueles textos (éditos ou inéditos) que se julgaram mais relevantes[7]

In domo que stat in Cruce
De illis de Mirapixe
Arie Petri de Monterroso
Unum quinionem de Petro Odoarii
Monio Fernandez de Mirapeyxe
Conclusão
Apêndice documental
Referências bibliográficas
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call