Abstract

Este artigo trata da história do pensamento político no século XIV. Ele faz um estudo propedêutico à primeira parte do tratado De regimine rectoris, do franciscano Paulino de Veneza, datado de c. 1314. O problema que discute é o da correlação entre moral e política na validação de um governo considerado bom e legítimo. Ele se alinha à tese de que os pensadores medievais não atribuíram o sucesso ou fracasso do governo a aspectos formais como as instituições, mas à moralidade do homem social, materializada na pessoa do governante (rector). Destarte, o objetivo do trabalho é mostrar de que modo autores como Paulino descreveram, em termos de virtudes e vícios, as características do bom e do mau governante, fazendo a moral concorrer para a legitimação da política. O método empregado na leitura da obra é a análise conceitual; por meio dela o texto espera oferecer ao leitor uma perspectiva de como os pensadores medievais postulavam uma relação inextricável entre moral e política.

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