Abstract

Este artigo apresenta os resultados de um estudo que teve como objetivo analisar as variáveis que influenciaram a criação de valor nas operadoras de planos de saúde (OPS) brasileiras, sob perspectiva da regulação da Agência de Saúde Suplementar (ANS), no período de 2010 a 2016. A amostra empregada foi composta por OPS médico-hospitalares cujos dados estavam disponíveis publicamente no site da ANS. A análise dos dados empregou as seguintes técnicas: análise de conteúdo, estatística descritiva e análise de regressão com dados em painel. Com relação às decisões de investimento, com foco na criação de valor, constatou-se que as OPS usualmente criaram mais valor do que destruíram (exceto no caso das organizações da modalidade Filantropia). Pode-se concluir que as regras da ANS afetaram as diferentes modalidades de operadoras de várias formas, no que diz respeito à criação de valor. Quase todas as variáveis regulatórias foram significantes em diferentes contextos e variaram dependendo da modalidade de OPS. Isso demonstra a relevância de se considerar as especificidades de cada uma delas nas análises. A discussão apresentada pode subsidiar decisões de reguladores e gestores das organizações, devido à constatação de que a regulação da ANS sobre as OPS influencia na criação ou destruição de valor nas mesmas. Pode-se dizer que a regulação pode desenvolver um oligopólio neste setor e/ou criar oportunidades de criação de valor para as organizações.

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