Abstract

O artigo esboça uma crítica da economia política da atual Contrarreforma Psiquiátrica (CP) brasileira. Recorremos a trabalhos sobre a economia política da Reforma Psiquiátrica (RP), dados orçamentários e de implantação das políticas em saúde mental (SM) de 2001 a 2019. A CP é um processo de enxugamento orçamentário, remanicomialização e mercantilização, com: retorno do Hospital Psiquiátrico às políticas, centralidade das Comunidades Terapêuticas na área de álcool e outras drogas, aumento no repasse a tais instituições e reversão da tendência de fechamento de leitos psiquiátricos e investimento em ações extra-hospitalares. Trata-se de uma descontinuidade na continuidade do desenvolvimento da RP; uma expressão na SM da dinâmica neoliberal, que se intensifica em nossa realidade a partir de 2015, recrudescendo a expropriação e espoliação da classe trabalhadora e do Estado pelo capital.

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