Abstract

Este artigo aborda uma crítica feita alguns anos atrás por Avner Baz sobre o trabalho de contextualistas atuais na filosofia da linguagem. A crítica de Baz enfoca a ideia de que os contextualistas (especialmente Charles Travis) interpretaram mal o ataque feito por J. L. Austin e Wittgenstein à chamada “concepção vigente de significado”. Apesar da insistência deles sobre os fatores contextuais que determinam o contexto de uma declaração, Baz argumenta que os contextualistas ainda explicam nossos enunciados em termos das condições de verdade das sentenças que expressam e, ao enfatizarem a dimensão referencial das palavras, acabam por defender uma concepção de significado como uma entidade teórica, responsável por assinalar os objetos do nosso discurso. Portanto, para Baz, eles mantêm uma visão representacionista ainda intimamente ligada à concepção tradicional de concepção de significado. Descrevendo as bases da visão de Baz, sustento neste artigo que a ligação que ele assevera entre referência e uma teoria de significado como representação, é precisamente o objetivo de contextualistas como Charles Travis. O trabalho deles é apresentado aqui como uma tentativa de explicar a referência de palavras e as condições de verdade de uma sentença após a ocorrência de uma negação radical da noção de significado como representação. Nesse sentido, contrariamente ao que Baz afirma, estão intimamente ligados ao espírito dos pioneiros da filosofia da linguagem comum.

Highlights

  • In this paper, I am going to take a close look at a recent critique made by Avner Baz of the work of contemporary contextualists in the philosophy of language, especially the work of Charles Travis, and at the way in which Travis’s work relates both to J

  • If this is an epistemological quarrel, it interests me in a precise way, that is, in the way it sheds light on another remark made by Travis in which he affirms that “Austin’s view of meaning is integral to his view of Knowledge” (TRAVIS, 2000, p. 545)

  • I will not address this problem here since what will be relevant in Baz’s reading of Travis is the connection between a platonic view of meaning and its power to refer to the world, which is precisely the third and final feature of the traditional view attacked by Ordinary Language Philosophy (OLP)

Read more

Summary

Introduction

I am going to take a close look at a recent critique made by Avner Baz of the work of contemporary contextualists in the philosophy of language, especially the work of Charles Travis, and at the way in which Travis’s work relates both to J. I will not address this problem here since what will be relevant in Baz’s reading of Travis is the connection between a platonic view of meaning and its power to refer to the world, which is precisely the third and final feature of the traditional view attacked by OLP.

Results
Conclusion
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call