Abstract

A utilização da silagem de pescado como ingrediente em rações para organismos aquáticos constitui alternativa para solucionar os problemas de ordem sanitária e ambiental, causados pela falta de destino adequado dos resíduos gerados pela indústria do pescado. Além disso, podem diminuir os custos com alimentação e, conseqüentemente, os custos de produção do pescado, já que os gastos com a alimentação correspondem a aproximadamente 60% do custo total. O objetivo deste estudo foi avaliar a composição em ácidos graxos da silagem ácida (SA), silagem biológica (SB) e silagem enzimática (SE), produzidas a partir de descartes e resíduos do processamento da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). Os valores encontrados de lipídios (base na matéria seca) foram: 12,45; 12,25 e 12,17 g.100 g-1 para SB, SA e SE, respectivamente. Os ácidos graxos predominantes na fração lipídica das silagens são os insaturados. O ácido oléico foi encontrado em maiores quantidades (30,49; 28,60 e 30,60 g 100 g-1 de lipídios para SB, SA e SE, respectivamente). Entre os ácidos graxos saturados, o palmítico e o esteárico estavam presentes em maiores quantidades. Apenas traços dos ácidos graxos poliinsaturados eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) foram encontrados. As silagens produzidas a partir de descartes da piscicultura e resíduos do processamento da tilápia do Nilo não são boas fontes de EPA e DHA em dietas para peixes.

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