Abstract

O sistema financeiro é um pilar fundamental no funcionamento eficiente do crédito à economia. A crise financeira teve impacto em todo o sistema financeiro, tornando claro a necessidade de a banca em geral ter necessariamente de passar por um processo de mudança de estratégia, nomeadamente na concessão moderada de crédito. Através de uma análise comparativa da banca cooperativa com a restante banca comercial, para o período de 2007 a 2018, conclui-se que, em Portugal, a banca de matriz cooperativa – representada pelo Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo – foi mais resiliente perante a crise económica e da dívida soberana, devido ao seu conservadorismo no rácio de transformação, o que lhe permitiu resultados positivos e não degradação dos seus rácios de capital. Através da aplicação das metodologias HEAT! e z-score, evidencia-se que, no período mais agudo da crise, os indicadores do Crédito Agrícola divergem, favoravelmente, da restante banca comercial, colocando o Crédito Agrícola como uma das instituições bancárias com menor risco de insolvência. Portanto, a liquidez e a orientação de longo prazo, características da banca cooperativa, são essenciais para a sua estabilidade e contribuem para a solidez financeira de todo o sistema.

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