Abstract
O presente artigo se ocupa em analisar a historicidade de uma organização criminosa intitulada “Comando Organizado do Maranhão” (C.O.M), que surgiu no ano de 2015, passando a atuar não apenas no interior do sistema carcerário estadual, mas igualmente sobre um vasto território da periferia recente da capital maranhense, tendo como epicentro o bairro da Cidade Olímpica, o que contribuiu sobremaneira para torná-lo o líder em número de assassinatos em São Luís. Tratamos com uma variedade razoável de fontes, entre as quais o funk proibidão, o discurso (tele)jornalístico e o Estatuto do C.O.M, como documentos que, emanados de atores sociais cujas representações frequentemente colidem, ajudam a compor a historicidade e o sentido auto organizativo do Comando Organizado do Maranhão (C.O.M) no quadro da guerra de facções em um complexo periférico maranhense, mediante sua análise discursiva.
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