Abstract

Rejeitar uma teoria ou hipótese científica não é tão simples como se pensa. A condução de um teste experimental de uma teoria requer a utilização de diversas hipóteses auxiliares para adequar a teoria ou hipótese às evidências. Nunca se pode ter certeza de que é realmente a teoria e não uma hipótese auxiliar, que é a causa da falsificação do experimento. Este é o denominado problema ou tese de Duhem-Quine, tema pouco conhecido entre estudantes com interesse em ciências experimentais. Este artigo tem como objetivo examinar o papel das hipóteses auxiliares ao analisar como o problema de Duhem-Quine impacta a validade das teorias científicas. Para ilustrar esse conceito, o artigo analisa criticamente o experimento sobre a transferência de memória em planárias, conduzido pelo biólogo norte americano James McConnell. Apesar do cuidado de McConnell em criar uma grande variedade de grupos e procedimentos de controle em seus experimentos, identificamos que muitas hipóteses auxiliares possivelmente não foram consideradas, não ficando claro se a não consolidação dos resultados se deve à inveracidade da hipótese de transferência de memória, ou se uma das hipóteses auxiliares estava incorreta ou não foi adequadamente controlada. Por fim, mostramos como o problema de Duhem-Quine pode ampliar a visão das pessoas sobre ciências e o papel dos testes experimentais de novas hipóteses e teorias.

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