Abstract

O presente trabalho busca estudar e analisar o impacto dos ciclos macroeconômicos sobre a composição da pobreza na economia brasileira contemporânea (1987-2005). Mais especificamente, procura-se obter respostas para três questões: primeiro, quais são os grupos demográficos que mais sofrem as fases recessivas dos ciclos; segundo, se o crescimento econômico é suficiente para beneficiar todos os grupos mais associados à pobreza; terceiro, quais políticas macroeconômicas estão mais associadas à pobreza e a sua amenização. O trabalho utilizou uma interação de microdados da PNAD com dados macroeconômicos de fontes como o IPEA-DATA, o Banco Central do Brasil e a Secretaria do Tesouro Nacional. Utilizando regressões logísticas com bancos de dados empilhados, o trabalho encontrou dois resultados principais. Primeiro, as recessões, ou mesmo as desacelerações econômicas, são mais sofridas pelos grupos de menor escolaridade. Segundo, a política fiscal afeta mais intensamente a pobreza: por um lado, o superávit primário está associado a menores níveis de bem-estar da população; por outro lado, o gasto social da União pode ser utilizado para amenizar a pobreza durante as fases críticas dos ciclos.

Highlights

  • Introduction to modern economic growthPrinceton University Press, 2011.________; ZILIBOTTI, F

  • It intends to find answers to three questions: first, which demographic groups are most harmed in the recessive cycles; second, is economic growth enough to benefit all groups most associated with poverty; third, which macroeconomic policies are most associated with poverty and its alleviation

  • Fiscal policy significantly affects poverty: the primary surplus is associated with lower levels of well

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Summary

Modelo empírico

Sucintamente, o objetivo deste artigo é explicar a probabilidade de ser pobre no Brasil em função de uma série de variáveis, tanto de ordem individual, como de ordem macroeconômica, seja de indicadores de ciclos, seja de indicadores de políticas. Faz isso por uma análise estatística descritiva, isto é, não produz um modelo empírico com todas as suas variáveis para identificar as mais importantes. Dentre essas variáveis de controle, selecionadas em acordo com a bibliografia já existente, estão presentes o sexo do indivíduo4,8a sua raça5,9as características do domicílio6,10a (4) Cutler e Katz (1991); Freeman (2001); Antman e Mckenzie (2005); Aasve e Apino (2007); Justesen (2008). É importante destacar que, como o objetivo do presente trabalho é estimar o impacto dos ciclos econômicos sobre o bem-estar de grupos sociais brasileiros, a princípio, a metodologia de pseudo-painel poderia parecer mais adequada. No presente estudo, essa hipótese não é aplicável, uma vez que pelo menos dois dos grupos considerados – famílias chefiadas por mulheres e proporção de indivíduos com escolaridade superior a dez anos de estudo – apresentaram considerável variação ao longo do período de análise12.16

Base de dados
Ciclos econômicos e bem-estar social: evidências de estudos anteriores
Análise dos resultados

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