Abstract

O artigo traz reflexões sobre a alimentação, enquanto prática social, no período demarcado pelo primeiro centenário do Colégio Pedro II (1837-1937), importante instituição de ensino do Brasil. Compreender a alimentação em sua complexidade demanda um exercício exploratório de aproximações dos diferentes núcleos [de saberes] história, antropologia, sociologia, comunicação, nutrição, psicologia- que estruturam o pensamento sobre esse fenômeno. Considerando essa interdisciplinaridade é que traçamos como o objetivo desta pesquisa, compreender como a escola, enquanto espaço de socialização, medeia as práticas alimentares de jovens estudantes. Para tal, utilizamos de fontes primárias da instituição, tais como regulamentos e regimentos internos, além do documento Memória Histórica do Colégio de Pedro Segundo, de Escragnolle Doria (1997). Recorremos às noções de representações para estudar os textos entendendo-os como discursos e práticas do mundo social que os tornam inteligíveis e possíveis. Identificamos que as relações sociais estabelecidas em torno da alimentação podem ter contribuído para a manutenção da ordem, disciplina, organização, estruturação do poder e fortalecimento da hierarquia social interna no Colégio Pedro II ao longo dos anos, ao mesmo tempo que também favoreceu a diferenciação dos estudantes dessa escola em relação a outros.

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