Abstract

Os avanços tecnológicos ampliaram o acesso a imagens de satélite atualizadas, que têm apoiado a cartografia da precariedade habitacional e urbana em levantamentos cada vez mais consistentes e que se conectam a outras fontes de informação. No Brasil, a principal base é a dos aglomerados subnormais do IBGE, atualizada a cada censo demográfico. Na escala global, a ONU Habitat tem apoiado o desenvolvimento de técnicas de Observação da Terra buscando uniformizar os dados para o acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. O presente ensaio traz um olhar sobre os tipos de técnicas e métodos, seus alcances e limites. Realiza uma revisão não sistemática de trabalhos recentes que, nas escalas local e global, cartografam a situação habitacional das populações mais vulneráveis. São apresentadas e discutidas as quatro abordagens principais para levantamentos, mapeamentos, classificação e caracterização de favelas e assemelhados, no Brasil e no mundo, demonstrando como estas abordagens podem ser combinadas para registrar essa realidade com acurácia, considerando a dinâmica de transformação constante e imprevisibilidade dos bairros de moradia das classes populares. Ainda que haja aumento na produção e qualidade das informações, a negligência governamental e atrasos nessa documentação podem impactar o monitoramento dos ODS urbanos.

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