Abstract

O propósito do presente artigo é problematizar as definições correntes de retradução, através da discussão de um de seus aspectos constituintes: a limitação à mesma língua-meta para a qual determinado texto-fonte já foi traduzido. O que justifica o presente artigo é a falta de discussão teórica acerca das definições de retradução em trabalhos acadêmicos. A maioria dos estudos as toma como certas e evita a necessidade de se escapar à fascinante estabilidade que as marca. Nossa visão é a de que a retraducão também ocorre fora dos limites estabelecidos por uma única língua-meta, e, devido a isso, deve ser tratada como um conceito multilíngue. Ilustraremos nossa visão com posições teóricas, especialmente as de Antoine Berman, e com exemplos de retraduções de duas obras literárias de James Joyce (1882-1941): Dubliners [Dublinenses] (1914) e Ulysses (1922) para o francês, o alemão, o italiano, o português e o espanhol.

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