Abstract

Geralmente se supõe que a tradução da literatura brasileira nos primeiros anos da República Popular da China (1949-1966) foi principalmente impulsionada por forças políticas, devido às mudanças ideológicas oficiais e nas reformas do sistema editorial naquela época. No entanto, este argumento não leva em conta a continuidade da tradução literária antes e depois de 1949, nem considera o esforço dos tradutores naquela época em escolherem os melhores representantes da literatura brasileira e conservarem ao máximo a qualidade das obras originais. Ao analisar a tradução da literatura brasileira na China de 1919 a 1966 como um todo, com revisão especial do caso de Jorge Amado, este artigo tenta demonstrar que a publicação da literatura brasileira após 1949 seguiu o mesmo caminho da tradução da literatura das nações desfavorecidas na primeira metade do Século XX, e que tinha como objetivo de quebrar a hegemonia cultural dos países ocidentais, a fim de construir uma nova nação e uma nova literatura.

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