Abstract

Este artigo avalia o estado de degradação ou conservação da terra na Ilha da Inhaca, a partir de uma proposta teórica de degradação da terra e com apoio em geotecnologias. A degradação da terra é concebida como processo de mudanças ordenadas na estrutura e funções da paisagem. Uma parcela de terra é entãosusceptível à desertificação quando aspectos do suporte geoambiental, particularmente as condições hidrogeológicas são afetadas por fenômenos de degradação (como por exemplo, a diminuição do nível dos lençóis freáticos, seja por conta de variação climática, seja por exploração excessiva dos recursos hídricossubterrâneos). A Ilha da Inhaca não é susceptível à desertificação, porém, a degradação da vegetação e do solo é localmente preocupante.Palavras-chave: Ilha da Inhaca, degradação da terra, susceptibilidade à desertificação.

Highlights

  • Estudos da degradação da terra usam sistemas de informação geográfica como ferramenta de análise, e, como fontes de dados, produtos provenientes do sensoriamento remoto, observações e medições georeferenciadas no campo, além de dados de fontes bibliográficas

  • Atualmente é professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense e professor Visitante do Departamento de Geografia da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique e do Programa de Postgrado Multidisciplinar em Ciencias Ambientales de Universidad Autónoma de San Luis Potosí/ México

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Summary

Eduardo Mondlane

Aprova a criação da Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro, abrangendo o Arquipélago da Inhaca. A população da Ilha da Inhaca vive da agricultura, exploração de recursos florestais (incluindo dos manguezais) e da pesca. Vastas áreas de florestas são convertidas anualmente para agricultura (Bandeira, 1991; Barbosa, 1995). Os agricultores retiram também a camada superficial do solo nas florestas, enriquecida de material orgânico vegetal, para aplicar na agricultura familiar – de que se sabe ser ainda assim de rendimentos baixos (Campbell et al, 1988; Serra King, 1995). Esta prática é realizada porque, o cultivo permanente dos campos agrícolas, frente à ausência de práticas de rotação de culturas, tende a aumentar o consumo de nutrientes do solo e a esgotar a capacidade biológica de produção; os agricultores têm de tentar manter o teor de matéria orgânica elevado nos solos, na medida em que é viável em termos econômicos e práticos. Sem prática de reposição de fertilizantes naturais pode ocorrer uma rápida diminuição de matéria orgânica nos solos e consequentemente mudanças em outras propriedades físicas e químicas

Geologia e geomorfologia
Clima e hidrologia
Vegetação e fauna
Dados e métodos de análise
Considerações finais e proposta de pesquisa
Degradação Marginal
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