Atuação das enzimas oxidativas no escurecimento causado pela injúria por frio em raízes de batata-baroa

Fernando Luiz Finger,Janaina Miranda Barbosa,Luciana Nunes Menolli,Mário Puiatti,Raimundo Santos Barros

doi:10.4025/actasciagron.v30i1.1129

Abstract

In this experiment roots of arracacha (Arracacia xanthorrhiza Bancroft) were stored at temperature of 5 and 10ºC for 28 days. At every seven days, the roots were removed from the cold storage and visually analyzed for the presence of chilling symptoms. Afterwards, the roots were grinded for polyphenoloxidase, peroxidase activities and soluble phenolic compounds. Both temperature of 5 and 10ºC induced external and internal darkening of the roots, with higher intensity at 5ºC. Activities of polyphenoloxidase, peroxidase and content of phenolic compounds were enhanced at cold storage. Activity of polyphenoloxidase and content of phenolic substances increased up to the 14th day of storage in both temperatures. The activity of peroxidase was elevated up to the seventh day of storage in both temperatures, which was kept constant at 5 and at 10ºC. The highest activity was detected at the 14th day of storage. These results show that peroxidase is involved in the initial stress response to the harvest and chilling, followed by the involvement of polyphenoloxidase in the enzymatic darkening and accumulation of phenolic compounds in the tissues

Highlights

A batata-baroa (Arracacia xanthorrhiza Bancroft) pertence à família Apiaceae, sendo cultivada em vários países da América do Sul, especialmente na Venezuela, Colômbia e Brasil (Casali e Sediyama, 1997)
Os dados foram avaliados por análise visual das raízes, a cada sete dias de armazenamento, e foram determinadas a concentração de compostos fenólicos solúveis e a atividade das enzimas peroxidase e polifenoloxidase
Essa relação entre a atividade da polifenoloxidase e a concentração de compostos fenólicos pode ser explicada pelo fato de a temperatura indutora de injúria por frio promover modificação no estado físico das membranas, local em que a enzima se encontra na forma inativa, permitindo, desta forma, que a enzima se torne ativa ao entrar em contato com o oxigênio molecular e o substrato fenólico (Underhill e Critchley, 1995)

Summary

Material e métodos

Foram utilizadas raízes de batatabaroa (Arracacia xanthorrhiza Bancroft) da cultivar Amarela de Carandaí, adquiridas em comércio varejista, localizado na cidade de Viçosa, Estado de Minas Gerais, entre os meses de outubro/2005 a janeiro/2006. Os dados foram avaliados por análise visual das raízes, a cada sete dias de armazenamento, e foram determinadas a concentração de compostos fenólicos solúveis e a atividade das enzimas peroxidase e polifenoloxidase. A determinação da atividade da peroxidase foi realizada em, aproximadamente, 2,0 g de raízes, previamente armazenadas a 5 e a 10oC, foram maceradas em nitrogênio líquido, homogeneizadas em 10 mL de tampão de extração (tampão fosfato a 100 mM, pH 6,5; bissulfito de sódio a 0,1% e cloreto de sódio a 150 mM), e a suspensão resultante foi centrifugada a 17.000 x g por 30 minutos, a 4oC. Com os respectivos erros-padrão, obtidas das repetições de cada dia de amostragem, foram utilizadas para avaliar as alterações durante o armazenamento, conforme Thipyapong et al (1995)

Resultados e discussão

Dias de armazenamento