Abstract

O presente artigo busca apresentar alguns resultados de estudos realizados sobre a formação da elite econômica mineira estabelecida na Comarca do Rio das Mortes entre os anos de 1750-1800, espaço temporal compreendido entre a sedimentação da sociedade advinda da crise do extrativismo aurífero e a sua acomodação evolutiva para uma economia de abastecimento, fruto da consolidação das atividades agropastoris na Capitania de Minas Gerais. Dessa maneira, consideram-se as mudanças possíveis nesse processo histórico de formação das elites econômicas locais, passando de fortunas de feições derivadas do extrativismo aurífero para as de feições mercantis e principalmente agrárias. Para uma análise dos perfis da riqueza dos membros da elite são-joanense, buscou-se reconstruir a trajetória pessoal de seus elementos a partir de inventários post-mortem, selecionados através do valor de seu monte-mor. A partir da análise dos inventários examinou-se a composição e o perfil dessas fortunas, a fim de proporcionar uma melhor compreensão da dinâmica econômica da Comarca do Rio das Mortes e da capitania mineira na segunda metade dos setecentos.

Highlights

  • Em pesquisas recentes tivemos a oportunidade de estudar alguns aspectos da elite econômica estabelecida na Vila de São João, Comarca do Rio das Mortes, durante a segunda metade do século XVIII

  • This article aims at presenting partial results of the study I conducted on the formation of the economic elite in Minas Gerais established at Comarca do Rio das Mortes between 1750 and 1800

  • This time periodencompasses the consolidation of the society that emerged from the crisis of gold exploitation and its evolutionary accommodation towards a supplying based economy, a consequence of the consolidation of agropastoral activities at Capitania de Minas Gerais

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Summary

MINAS COLONIAL

Em pesquisas recentes tivemos a oportunidade de estudar alguns aspectos da elite econômica estabelecida na Vila de São João, Comarca do Rio das Mortes, durante a segunda metade do século XVIII. As características e os perfis das riquezas encontradas nos inventários que tinham suas fortunas oriundas no desenvolvimento de atividades agropastoris também podem ser melhor compreendidas a partir da análise do inventário post-mortem de Emerenciana Elena de Santana[13], falecida no ano de 1796 na sua fazenda chamada Engenho da Ponte, situada na Aplicação da Capela da Conceição da Barra, Termo da Vila de São João del-Rei. Os bens de raiz e as plantações que podem ser observados no dito inventário merecem destaque pela diversidade de atividades econômicas desenvolvidas pela inventariada. Já as dívidas passivas descritas atingiam a quantia de 2:033$639 e são fruto de entradas de mercadorias, como cargas de secos e molhados, registradas no Caminho Novo, mais um indício das práticas comerciais desenvolvidas pelo inventariado em questão

DIVERSIFICAÇÃO ECONÔMICA E CRISE DA MINERAÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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