Abstract

O presente trabalho pretende demonstrar como a ascensão e a influência de uma direita radicalizada, com características neoliberais e neoconservadoras, a nível global, impactou as discussões de gênero e diferença sexual nas escolas do interior de Santa Catarina a partir da emergência de uma ideologia antigênero. Este trabalho apresenta ainda como ocorre esse ataque local, quais são as suas estratégias (dispositivos) e qual o impacto dessas ações na comunidade e indivíduos pertencentes a ela. Utilizando do enfoque da História Oral e adotando uma metodologia da pesquisa multissituada, entrevistamos docentes, das 6 regiões do estado catarinense. Esses ataques ocorreram (e ocorrem) de forma organizada através de censuras e perseguições nas redes sociotécnicas, de políticos, religiosos, imprensa e da própria comunidade escolar ao abordar a temática em questão. Apontamos ainda que a intensão do neoconservadorismo é o silenciamento dessas temáticas em sala de aula. No entanto, essa tentativa de censurar e proibir, tem tido efeito contrário e positivo na vontade de saber mais, por parte dos(as) estudantes e na própria resistência dos(as) docentes a esses ataques.

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