Abstract

O presente estudo teve como objetivo compreender as representações sociais sobre o bullying, compartilhadas pelos acadêmicos do curso de Pedagogia de uma universidade pública do Paraná. Justificamos este estudo pela necessidade de compreender a conceituação do bullying pelos acadêmicos desse curso, futuros professores, visando contribuir com a formação dos novos profissionais da Educação na ampliação de conhecimentos relativos à temática. Como suporte teórico-metodológico, foi adotada a Teoria das Representações Sociais (TRS), a qual permite investigar como se forma o funcionamento dos sistemas de referência utilizados para classificar pessoas e grupos e para interpretar os acontecimentos da realidade cotidiana. Participaram do estudo 12 turmas do curso de Pedagogia, totalizando 261 participantes. Além da investigação proposta, baseada num sistema de classificação do método, também foi utilizado o instrumento denominado Teste de Associação Livre de Palavras, para a validação dos objetos representados pela população investigada, com a criação das categorias, via OME (Ordem Média de Evocações) e frequência de evocações (f). Os resultados das duas evocações: “Bullying é” e “Bullying pode levar a vítima a” revelaram que os participantes da pesquisa conceituam bullying ancorando seus conhecimentos sobre o tema na mídia e no senso comum, ou seja, para eles o bullying é uma forma de agressão (física, verbal ou moral) que se utiliza de maldade e crueldade com o intuito de desrespeitar, humilhar e excluir outros mais fracos. Foi possível compreender, por meio da identificação das representações sociais dos acadêmicos de Pedagogia que se faz necessária a conscientização/sensibilização dos mesmos, por meio de palestras, Workshops, cursos nas escolas, nas universidades e em centros de apoio à criança, a fim de promover discussões acerca do assunto, de maneira que essas discussões podem estar vinculadas a outras áreas de ensino como Psicologia, Medicina e Enfermagem, já que este fenômeno acarreta prejuízos físicos e psicológicos. Sugere-se, ainda, a realização de trabalhos em grupo (com a finalidade de aproximar os pares), bem como o trabalho com o teatro, por meio do lúdico, pode-se possibilitar à criança expressar simbolicamente o que foi reprimido, expor seus sentimentos, a insegurança, a frustração e a agressividade, permitindo, assim, a conscientização deste ato de violência.

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