Abstract

Este trabalho tem por objetivo analisar as políticas internacionais do património histórico-cultural desde a perspetiva da colonialidade do poder/saber. Isso pressupõe ter de analisar a ligação estreita que existe entre os discursos e as representações da diversidade estado-nacional e a identificação e a gestão dos patrimónios globais e locais. A emergência dos patrimónios imateriais em contextos locais e a elaboração da lista do património imaterial da humanidade leva-nos a repensar o debate materialidade vs. imaterialidade, dominante nas representações do Ocidente e do Oriente, como manifestação da redefinição dos centros e das periferias geopolíticas, em termos de eurocentrismo e asiocentrismo. Consequentemente perguntámo-nos se efetivamente nos encontramos ante uma mudança das tendências tradicionais das políticas do património ou ante uma luta de colonialidades opostas. Contrariamente às dinâmicas institucionais os discursos da interculturalidade do património cultural elaborados por movimentos sociais locais provam a emergência de novas construções baseadas na experiência da diversidade cultural e da multiculturalidade, desde o reconhecimento do valor simbólico e identitário para a memória dos patrimónios históricos degradados pela modernidade colonial da Andaluzia.

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