Abstract
A partir de meados do século XIX, os termos singulares passaram a ter um papel crucial na filosofia da lógica e da linguagem. Esse artigo se debruça sobre alguns problemas envolvendo termos singulares em cinco autores: Frege, Russell, Strawson, Kripke e Kaplan. Busco aqui, primeiramente, compreender de que modo a lógica desses filósofos está em consonância ou não com sua filosofia da linguagem no que diz respeito aos termos singulares. Como argumentarei no presente artigo, há três filósofos em que há uma dissintonia entre lógica e filosofia da linguagem: Frege, Strawson e Kaplan. No caso de Frege, analiso a proposta de Lehmann de uma lógica da filosofia da linguagem e concluo que ela é bastante adequada à visão fregeana. Nos casos de Strawson e Kaplan, defendo que as propostas existentes na literatura são inadequadas, e proponho uma alternativa de lógica da filosofia da linguagem para cada um desses dois filósofos. Por fim, proponho uma combinação de três tipos de lógica, de modo que tal combinação acomodaria grande parte das filosofias da linguagem quanto aos termos singulares dos cinco filósofos aqui tratados. Essa solução, além disso, dá conta de alguns problemas concernentes ao uso de nomes próprios em contextos ficcionais, algo que as abordagens dos filósofos acima listados deixam a desejar.
Highlights
Since the middle of the 19th century, singular terms started to play a crucial role in the philosophy of logic and language
This paper focuses on some problems pertaining singular terms in five authors: Frege, Russell, Strawson, Kripke and Kaplan
I outline a solution that consists of a combination of three types of logic, so that such a combination would accommodate much of the philosophies of language regarding the unique terms of the five philosophers that are treated here. This solution addresses some problems concerning the use of proper names in fictional contexts, something that the approaches of the philosophers listed above are found wanting
Summary
O conceito de termo singular nos remete à Grécia Antiga. Aristóteles, por exemplo, distingue em Da Interpretação (17a37-17b16) termos singulares de termos gerais. Tampouco é verdade nessas linguagens que todo termo singular tem ao menos um objeto como sua referência. Então podemos nos assegurar que as sentenças em que ocorrem esses termos singulares são verdadeiras ou falsas.[5] Não há nada na linguagem natural, porém, que garanta que os termos singulares se refiram a objetos realmente existentes. Essa linguagem deve respeitar ao menos dois preceitos: P1 Toda sentença é verdadeira ou falsa, não podendo ser atribuídos a cada sentença ambos os valores de verdade ou nenhum; P2 Todo termo singular se refere a um único objeto. Se admitirmos o Verdadeiro e o Falso com sendo referências das sentenças e, ao mesmo tempo, aceitarmos PC, temos que toda linguagem que não respeitar P2 também não respeitará P1. E, pela ocorrência de termos ficcionais, é evidente que as linguagens naturais não respeitam P2 e, portanto, também não respeitam P1
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