Abstract

Este trabalho se propõe a problematizar e descortinar os movimentos analítico-historiográficos que acompanham as disputas de narrativas em torno das diferentes imagens do mais conhecido imperador zulu, Shaka kaSenzangakhona. Sabe-se que os discursos sobre o Império Zulu e o legado de Shaka, inicialmente, emergiram dos relatos de viajantes e administradores coloniais, depois, utilizados por historiadores exógenos e brancos que, nas suas formulações centrais, interpretaram a figura de Shaka como um déspota irracional e sedento por sangue. No entanto, por outro lado, o texto problematiza, também, as percepções contemporâneas sobre a figura de Shaka, recuperando a narrativa de como os historiadores e os movimentos sociais e intelectuais políticos da África do Sul passaram a se dedicar à “questão nativa”, descontruindo e reconstruindo os relatos sobre a história do Império zulu.

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