Abstract

<p>A proposta de renovação da paróquia retornou à agenda de debates na Igreja católica, especialmente no Brasil, como “comunidade de comunidades”, para incorporar a renovação eclesial trazida pelas Comunidades Eclesiais de Base - CEBs como presença da Igreja no mundo. Esta <em>Comunicação</em> apoia-se na Sociologia das Instituições religiosas para analisar a viabilidade dessa proposta a partir da experiência das CEBs no Brasil. Elas foram criadas em espaços não ocupados pelas paróquias e adotaram uma estrutura antes pastoral do que canônica. Ao esbarrar nas normas canônicas que regem a paróquia e constituem entraves ao desenvolvimento das CEBs, estas inovaram criando <em>áreas pastorais </em>que vão além dos limites territoriais de uma paróquia. O texto analisa as diferenças estruturais entre paróquias e <em>áreas pastorais</em> e conclui que a renovação eclesial, no sentido da Igreja <em>em saída</em>, requer a superação da estrutura canônica da paróquia pela <em>área pastoral</em>.</p>

Highlights

  • The parish renewal proposal returned to the agenda of the debates

  • in order to incorporate the ecclesial renewal brought by the Christian Base Communities

  • This paper draws on sociology of religious institutions to examine the feasibility

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Summary

A estrutura centralista da paróquia

Entre as mais de vinte pesquisas que compunham o que se tornou o primeiro Plano de Pastoral de Conjunto da CNBB, de 1966-702, uma tinha por objeto a paróquia. Essa estrutura adequa-se, portanto, a uma pastoral que visa antes de tudo fazer chegar os sacramentos a toda a população: as pessoas devotas participarão de pequenos grupos onde se sentem acolhidas e valorizadas em sua opção religiosa, enquanto as que se distanciaram da vida sacramental só esporadicamente virão às celebrações, mas ninguém será excluído da paróquia por não ter a prática regular dos sacramentos. Essa estrutura favorável à inclusão de diferentes tipos de católicos precisa ter como contrapartida e complemento a demanda de serviços religiosos que é acionada pelas famílias católicas. Ela abre seu espaço para as práticas religiosas da população católica, mas não tem como trazer para dentro dela quem não sente necessidade de praticar o catolicismo em companhia de outras pessoas. Pode-se qualificar a estrutura da paróquia como centrípeta: sua força na sociedade reside em atender a população chamando-a para dentro dela

A irrupção das CEBs e sua relação com a paróquia
CEBs: fator de renovação paroquial?
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