Abstract
O presente artigo tem como objetivo pensar uma abordagem crítica da articulação entre racismo, (hetero)sexismo e capitalismo através do diálogo entre algumas autoras ligadas ao feminismo negro e à teoria marxista da reprodução social. Para tanto, analisei as origens das propostas de articulação no feminismo negro norte-americano, passando por algumas pensadoras negras brasileiras e pela proposta do conceito de interseccionalidade, de Kimberlé Crenshaw. Em seguida, apresento algumas contribuições da teoria da reprodução social para um possível diálogo com o feminismo negro. Por fim, procuro sublinhar a potência de uma perspectiva antissistêmica de compreensão das relações entre racismo, (hetero)sexismo e capitalismo tanto para o pensamento crítico sobre as desigualdades sociais quanto na luta dos grupos subalternos contra essas desigualdades.
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