Abstract
Este estudo analisa traços de ruralidade no vocabulário de brasileiros naturais de localidades do interior de Minas Gerais, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de São Paulo, região Sudeste do Brasil. Para tanto, pauta-se nos resultados dos estudos de Fernandes (2021) e Santos (2019) que estudaram denominações fornecidas por 304 informantes do Projeto ALiB (Atlas Linguístico do Brasil) naturais de 76 localidades da rede de pontos dos quatro estados da região Sudeste, como resposta para a pergunta 61 do questionário Semântico-Lexical/ALiB: “O homem que é contratado para trabalhar na roça de outro, que recebe por dia de trabalho?”, área semântica atividades agropastoris (COMITÊ NACIONAL, 2001, p. 26). Fundamentados nos pressupostos teórico-metodológicos da Geolinguística e da Sociologia Rural, o trabalho demonstrou a presença de possíveis traços de ruralidade no acervo vocabular dos falantes selecionados como em boia-fria, camarada, assim como formas lexicais de caráter genérico como diarista e peão, fato que aponta para a presença de um continuum de ruralidade no falar dos mineiros, capixabas, fluminenses e paulistas. O estudo também revelou traços de um falar ainda conservador, como o item léxico trabalha jornal, citado por uma informante idosa no estado do Espírito Santo como denominação de “diarista”.
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