Abstract

RESUMO: As Antropologias comprometidas têm vindo a tecer uma série de tendências e de novas perspetivas teórico-metodológicas que contribuem para um debate aberto sobre o papel da antropologia perante os movimentos sociais e a defesa da diversidade cultural na globalização. Entre estas tendências, a antropologia de orientação pública, entendida como uma pluralidade, articula-se quer a partir do compromisso dos movimentos sociais nas lutas políticas contemporâneas perante as tendências etnocidas da globalização, quer a partir de uma linha descolonial que coloca a necessidade ineludível de descolonizar as metodologias etnográficas e a produção antropológica, assim como o compromisso de transferir e partilhar com os sujeitos que constroem o conhecimento antropológico. Neste artigo, mostramos as principais tendências do debate entre os diferentes autores, e as propostas para superar as tensões e cismas entre estas tendências comprometidas, para a construção de uma Antropologia com maiúscula e descolonizada, a partir do diálogo da diversidade de antropologias do mundo, que, de forma sempre situada, produzem conhecimento face ao autismo do elitismo científico, que tende a esterilizar este campo do conhecimento.

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