Abstract
Uma tendência recente na filosofia da lógica, sob o título de "anti-excepcionalismo", propõe que os princípios lógicos não são justificados por intuições a priori, mas ao invés, assim como nas outras ciências, por evidências a posteriori ou empíricas. O presente artigo apresenta o anti-excepcionalismo lógico atribuído a Quine, assim como duas propostas mais recentes para o método de revisão de teorias lógicas, a abdução e o equilíbrio reflexivo. Por fim, aborda-se o problema da lógica no pano-de-fundo, o qual põe em xeque a possibilidade de haver um método de revisão anti-excepcional para teorias lógicas, haja vista que qualquer método depende de alguma lógica para seu processo de revisão.
Highlights
A recent trend in the philosophy of logic, which is usually called “anti-exceptionalism about logic”, proposes that logical principles are not justified by a priori intuitions, but rather, like in other sciences, by a posteriori or empirical evidence
[D]ado que pode não haver uma maneira única e ótima para responder ao problema intelectual, seja ele na ciência ou em outro lugar, é bem provável que a revisão de práticas inferenciais será um tema controverso
Um segundo passo para trás seria admitir que o método das ciências não é apropriado para a lógica, de modo que a anti-excepcionalidade deve vir de outra forma
Summary
O conhecimento lógico é fundacional e necessário, e sua evidência vem de intuições a priori. Enquanto que Frege defende algo como a lógica clássica, um excepcionalista não precisa comprometer-se necessariamente ao monismo lógico ou à lógica clássica. Alternativamente, o anti-excepcionalismo lógico propõe que o conhecimento lógico é revisável, e não se baseia apenas em evidências a priori. O excepcionalismo lógico fazia sentido, pois todas as evidências apontavam para a irrefutabilidade dos princípios clássicos, e assim tinha-se que a lógica clássica era a única lógica correta. O presente artigo se estrutura da seguinte forma: a Seção 2 discute o surgimento do anti-excepcionalismo lógico, assim como dois exemplos presente na literatura, a saber, o abdutivismo lógico (Williamson 2016; Hjortland 2016, 2019; Priest 2006, 2016) e o equilíbrio reflexivo (Resnik 2004); Seção 3 aponta o problema da lógica no pano-de-fundo contra essas posições; por fim, na Seção 4 apresenta-se outros horizontes de pesquisa referente ao antiexcepcionalismo na lógica
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