Abstract

O artigo tem como ponto de arranque o estudo sobre o biopoder, em particular, desde as transformações da atual fase de expansão mundial do capitalismo. Para tanto, seguindo a trilha de Foucault, no trânsito e contaminações entre soberania, disciplina e biopoder, interroga a série de elementos configuradores das tecnologias voltadas ao “governo da vida”, tanto em relação ao controle dos corpos quanto da população. Assim, analisando duas figuras zoopolíticas, índices do alojamento da vida, para Deleuze, a serpente a e toupeira, aponta a profunda mutação do capitalismo como sociedade de controle biopolítico, sobretudo, destacando como o fluxo único e ininterrupto de informações é gerenciado para fins de segurança (riscos) ou de valorização imediata (dados). Noutros termos, há, por um lado, algoritmos de controle biopolítico que mo­dulam fluxos de informação, filtram e canalizam a mobilidade de indivíduos e populações e que, por outro, forjam bancos de dados e pacotes de informações que descrevem estilos de consumo e capturam formas de vida através de coo­peração gratuita. Enfim, o decisivo quanto à evolução do biopoder passa pelo controle de fluxos que opera algoritmos de administração e gerenciamento do social, produzindo uma série de tecnologias sobrepostas para fins comerciais, securitários e militares.

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