Abstract
No mundo ocidental da contemporaneidade têm coabitado diversos modelos de secularização com implicação direta na relação das confissões religiosas com o espaço público de natureza política. Todavia, mesmo o mais acolhedor desses modelos para com a esfera religiosa implica, nem que seja implicitamente, uma neutralização da dinâmica religiosa que deve ser interrogada. O texto que aqui se apresenta procura questionar se tais modelos são suficientes para respaldar seja a própria autonomia do homem, seja a especificidade legítima da esfera política, bem como interrogar-se se esses mesmos modelos são eficazes para um diálogo político internacional com atores que não compartem os mesmos racionais.
Highlights
In the contemporary western world several secularization models have cohabited with direct implications on the relations between religious confessions and the public space of a political nature
The present article aims to question if those models are sufficient to shoulder, either mans own autonomy, or the legitimate specifications of the political sphere, as well as to question how efficient those same models are for an international political dialogue among actors who do not share the same rationales
A dissociação factorial moderna e a longa via da secularização(1), independentemente de esta poder ser uma signatura, isto é, algo que no sistema conceptual moderno o excede e o reenvia à teologia, sem constituir com isso um novo significado à parte (Agamben 2008: 20), tem uma genealogia cristã, e mesmo judaico-cristã
Summary
Resumo: No mundo ocidental da contemporaneidade têm coabitado diversos modelos de secularização com implicação direta na relação das confissões religiosas com o espaço público de natureza política. Mesmo o mais acolhedor desses modelos para com a esfera religiosa implica, nem que seja implicitamente, uma neutralização da dinâmica religiosa que deve ser interrogada. O texto que aqui se apresenta procura questionar se tais modelos são suficientes para respaldar seja a própria autonomia do homem, seja a especificidade legítima da esfera política, bem como interrogar-se se esses mesmos modelos são eficazes para um diálogo político internacional com atores que não compartem os mesmos racionais.
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