Abstract

O artigo descreve e analisa modos de vida de pessoas que vivem nas ruas, tomando como referência etnográfica duas histórias registradas em Fortaleza e Lisboa, das quais nos aproximamos fazendo uso da observação participante e da observação itinerante. As narrativas sobre a vida no mundo da rua apontam a multiplicidade, a diversidade e a provisoriedade como marcas sobre as quais se assentam a vida de nômades urbanos contemporâneos. As muitas maneiras de viver o cotidiano, observadas neste estudo, apontam a reinvenção de si e do mundo da rua através da criação de novos territórios materiais e existenciais. Reinvenção que ultrapassa a fronteira exclusiva da carência e imagem da vitimização ou da culpabilização como polos em torno dos quais se assentam as representações sobre pessoas em situação de rua e sem abrigo, nas duas cidades pesquisadas.

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