Abstract

O artigo analisa especificidades do processo histórico-político que conformaram os Estados nacionais latino-americanos, a fim de detalhar algumas das características resultantes de sua (de)formação. Para tanto, no campo metodológico, mobilizam-se contribuições de pensadores latino-americanistas e suas respectivas percepções que enfatizam o peso das condições estruturais herdadas do Colonialismo na consolidação de um “Estado “instrumental”, com forte “abigarramiento” e que tende a perpetuar a situação de “independência inconclusa” das nações e povos latino-americanos. Objetiva-se apresentar e inter-relacionar tal base conceitual para, a partir dela, detalhar o “caso” do Estado [Pluri]Nacional Boliviano, o qual, após secular história enquanto “Estado Instrumental” em uma sociedade abigarrada, tenta, com o advento do novo texto constitucional de 2009, avançar na consolidação de uma resistência propositiva à lógica e às agências “tradicionais” do poder político. Trata-se, pois, de um exercício analítico que se propõe, amparado no estudo do caso boliviano, a expor construções argumentativas críticas sobre o paradoxo entre a herança “Estadocentrista” e a realidade “Plurinacional” das sociedades latino-americanas.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call