Abstract
Este ensaio discute a atuação política dos grupos conservadores que, em São Paulo e no Paraná, apoiaram a intervenção militar de 1964. Analisamos a "Marcha da Família com Deus pela Liberdade". Conclui-se que, em Curitiba, o evento (rebatizado para "Marcha a favor do Ensino Livre") priorizou a luta pelas "liberdades individuais", deixando em segundo plano os valores tradicionais cristãos, diferentemente do enredo seguido em outras cidades. O caso em questão ilustra a complexidade da conjuntura ideológica no pré-1964, a natureza crítica das iniciativas do governo Goulart para levar adiante sua agenda reformista e as diferentes motivações não somente sociais, mas também regionais no engajamento da "sociedade civil" na campanha golpista.
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