Abstract

Objetivo: comparar a densidade mineral óssea de mulheres menopausadas com e sem o antecedente de laqueadura tubária e avaliar quais fatores nos dois grupos poderiam estar associados à densidade mineral óssea no fêmur e coluna lombar. Métodos: foram incluídas 70 pacientes em cada grupo, no ano de 1998, do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas. As mulheres responderam um questionário sobre características clínicas e reprodutivas e foram submetidas à densitometria óssea (Lunar DPX) no fêmur e coluna lombar. Os dados foram analisados por meio dos testes t de Student, exato de Fisher, c² de Pearson, t com correção de Bonferroni e regressão múltipla. Resultados: a média etária das laqueadas foi de 53,2 anos e das não-laqueadas de 52,6 anos, com média da idade à menopausa de 48 anos, semelhante nos dois grupos. As médias de idade à cirurgia foi 33,7 anos, com tempo decorrido da cirurgia de 18 anos. A média da densidade mineral óssea para o fêmur e coluna lombar não apresentaram diferenças significativas entre os dois grupos. A distribuição percentual em categorias de T-score do fêmur e coluna lombar não mostrou diferenças significativas nos dois grupos. Na regressão múltipla, observou-se que a idade mostrou uma associação inversa e o índice de massa corporal uma associação direta com a densidade mineral óssea no fêmur. Para a coluna lombar, cor não-branca, paridade, idade à menopausa, escolaridade e índice de massa corporal mostraram uma associação direta e a idade à menarca uma associação inversa com a densidade mineral óssea. Conclusão: a laqueadura tubária não ocasionou redução na massa óssea em mulheres na pós-menopausa.

Highlights

  • Mean age of 48 years at menopause was similar in both groups

  • Multiple regression analysis showed that bone mineral density of femur was directly associated with body mass index, but age was indirectly associated

  • The variables dark skin, parity, age at menopause, educational level and body mass index were directly associated with bone mineral density of lumbar spine, but age at menarche was inversely associated

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Summary

Trabalhos Originais

Is Tubal Ligation a Risk Factor for a Reduction of Bone Mineral Density in Postmenopausal Women?. A média da densidade mineral óssea para o fêmur e coluna lombar não apresentaram diferenças significativas entre os dois grupos. Observou-se que a idade mostrou uma associação inversa e o índice de massa corporal uma associação direta com a densidade mineral óssea no fêmur. Cor não-branca, paridade, idade à menopausa, escolaridade e índice de massa corporal mostraram uma associação direta e a idade à menarca uma associação inversa com a densidade mineral óssea. Observando-se a freqüência de ligaduras tubárias na população mundial e o aumento da incidência da osteoporose e das fraturas osteoporóticas em pacientes menopausadas, Fox e Cummings[17] estudaram o papel da laqueadura tubária como um possível fator de risco para diminuição da massa óssea e aumento no risco de fraturas, e demonstraram que as pacientes que apresentavam antecedente de laqueadura tubária tiveram uma pequena e não-significativa diminuição da densidade mineral óssea (DMO), sem aumento no risco de desenvolver fraturas. Isto nos estimulou a realização deste estudo para avaliarmos se as mulheres brasileiras com antecedente de laqueadura tubária teriam um risco aumentado para o desenvolvimento da osteoporose, quando comparadas às pacientes nãolaqueadas

Pacientes e Métodos
Idade à cirurgia
Colo Wards Trocânter Coluna lombar
Coluna lombar
SUMMARY
Densidade mineral óssea
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