Abstract
Introdução: Pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 400 mil crianças e adolescentes de até 19 anos são diagnosticados com câncer anualmente. No Hospital de Amor Infantojuvenil de Barretos foram registrados mais de 27 mil atendimentos no período de 2017. Crianças com câncer e seus pais apresentam risco significativamente aumentado de dificuldades psicossociais durante todas as fases do tratamento, inclusive após a superação da doença3. O acompanhamento nos atendimentos psiquiátricos no Hospital de Amor Infantojuvenil de Barretos teve como objetivo entender as dificuldades e a importância dos aspectos emocionais e psiquiátricos no tratamento oncológico pediátrico. Relato de experiência: Foi realizado um estudo observacional no Hospital de Amor Infantojuvenil de Barretos, realizado no período de 01 de junho a 24 de junho de 2022, onde foram acompanhadas as consultas realizadas pela psiquiatra. Durante os atendimentos são atendidos pacientes com questões psiquiátricas e/ou emocionais, como ansiedade, depressão, intensão de suicídio e cuidados paliativos. Cada um destes apresenta particularidades perante o tratamento oncológico e sempre priorizando o atendimento humanizado do paciente e de seus familiares. Durante o processo observacional foi percebido que uma das principais dificuldades é o atendimento das necessidades específicas de cada família, além do sofrimento diante de uma condição tão estigmatizada como o câncer. Por se tratar de crianças, temos como sociedade a tendência de ignorar a autonomia destes. Ou outro desafio é empoderar o paciente, a fim de que ele participe de todo o processo, inclusive de decisões. Por isso, é de suma importância o acompanhamento psiquiátrico e psicológico destes pacientes, sendo que ele proporciona um olhar mais abrangente sobre as questões emocionais e a forma mais complexa dos desejos e necessidades dessas crianças. Considerações finais: Em síntese, mesmo em frente à diversas dificuldades, percebeu-se que o atendimento psiquiátrico é a tradução do que a instituição prega: esperança, acolhimento e amor. Pois assim, podemos garantir a humanização nos tratamentos oncológicos, olhando para nossos pacientes de uma forma biopsicossocial de forma integrada, proporcionando aos pacientes dignidade e esperança na busca da melhora na qualidade de vida de pacientes oncológicos pediátricos.
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