Abstract

Consciente de sua finitude, a pessoa humana traz em si a vontade de eternidade. Com a percepção de ser finito, o ser humano compreende que o viver comporta o morrer. Em diferentes instâncias, a sociedade contemporânea tem evitado a consciência de finitude, gerando seres que agem como ilimitados. A busca pela significância da morte, provoca também, o questionamento sobre o sentido da vida. O presente artigo aborda a experiência humana como uma pedagogia, um caminho condutor ao sentido da morte à luz do cristianismo. Para isso, analisa na essência cristã o valor da conversão, da comunhão e da esperança eterna. Como ilustração desse processo, o texto faz uma breve investigação sobre a experiência da morte no testemunho de conversão e martírio da filósofa alemã Edith Stein (1891-1942). Edith Stein tem sua vida interrompida em Auschwitz durante a II Guerra Mundial. O híbrido vida e obra steiniana carrega a marca do período entre guerras, pontando para o valor inegociável da vida humana e pela verdade da fé. Unida a cruz de Cristo, a quem compreendeu como o Verbo Encarnado, Morto e Ressuscitado, percorreu o caminho do sentido com a certeza de que a glória da ressurreição, passa pelo significado salvífico da cruz.

Highlights

  • the human person carries within himself the will of eternity

  • the human being understands that living entails dying

  • generating beings who act as unlimited. The search for the significance

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Summary

A MORTE COMO UMA PEDAGOGA

Como manter a vivacidade quando a dor da ausência do ser amado insiste em apontar para um abismo na relação vida e morte? É preciso ir além da dor em busca de uma resposta mais consciente: morrer é de fato perder?. Tanto como é preciso aprender a viver, é preciso aprender a significar a morte em uma decisão de fé. Se não há beleza na morte, há beleza na fé livre de quem mantém a decisão de ir ao encontro do seu sentido salvífico; há beleza no gesto fraterno de “enxugar o rosto daquele que sofre” e “auxiliar no esforço de quem carrega a pesada cruz”[2], em um ato de esperança, comunhão e acolhimento ao amor que ensina a ir em busca dos bens eternos

O TESTEMUNHO DE EDITH STEIN DIANTE DA MORTE – UM PROCESSO DE CONVERSÃO
A ESPERANÇA CRISTÃ NA ETERNIDADE INSPIRADA POR SANTA TERESA BENEDITA DA CRUZ
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