Abstract

Os efeitos da crise financeira e econômica de 2007 e 2008 na arquiteturafinanceira internacional demonstraram que os acordos de regulação postos até aquelemomento não eram infalíveis. A partir disso, o presente artigo tem como objetivoprincipal demonstrar como o Grupo dos 20 (G-20) atuou após a eclosão da crise nabusca de uma articulação política para formular uma nova proposta de regulação,que promoveria maior resiliência ao sistema. Entretanto, os interesses estratégicosnacionais e a própria prerrogativa de implementação dos acordos, que é feita de formanacional, são desafios enfrentados na busca por maior estabilidade financeira. Ressaltase, assim, que mudanças no arcabouço regulatório internacional ocorreram a partirda articulação do G-20 com outras instâncias, dando origem ao Acordo de Basileia III,porém a natureza instável do sistema persiste.

Highlights

  • The effects of the financial and economic crisis of 2007 and 2008 in the international finance architecture demonstrated that the regulation accords implemented up to that moment were not risk-free

  • Os efeitos da crise financeira e econômica iniciada nos Estados Unidos em meados de 2007 e 2008 não foram pontuais, mas sim de cunho sistêmico, afetando não somente a economia norte-americana, mas também o sistema financeiro e monetário internacional (SFMI), o que demandou que iniciativas em âmbito multilateral e planos de ação que buscassem a coordenação de políticas econômicas fossem debatidos em diversos fóruns, com distintas abordagens

  • As estratégias nacionais foram diversificadas, o que ressalta as diferenças entre os sistemas financeiros nacionais e o internacional: “[...] a ausência neste último de instituições reguladoras dotadas de poderes abrangentes de regulação e uniformização estrutural [...]” (CARVALHO et al, 2015, p. 242)

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Summary

Introdução

Os efeitos da crise financeira e econômica iniciada nos Estados Unidos em meados de 2007 e 2008 não foram pontuais, mas sim de cunho sistêmico, afetando não somente a economia norte-americana, mas também o sistema financeiro e monetário internacional (SFMI), o que demandou que iniciativas em âmbito multilateral e planos de ação que buscassem a coordenação de políticas econômicas fossem debatidos em diversos fóruns, com distintas abordagens. A segunda seção objetiva discutir os agentes e instrumentos financeiros que marcaram a crise de 2007 e 2008, bem como a sua gestão pelos Estados Unidos e destaca a regulação internacional e como esta não foi suficiente para evitar uma nova crise, com impactos no sistema financeiro e monetário internacional. A terceira seção ressalta o histórico de criação do G-20 enquanto grupo de coordenação político e como foi sua atuação na gestão da crise recente, com destaque para sua contribuição na constituição da nova regulação financeira internacional, Basileia III. O artigo explora a eficácia das medidas que foram adotadas, mas também busca ir além, com uma análise que observa as discussões realizadas pelo G-20, suas propostas e, consequentemente, os desafios em sua implementação face às medidas adotadas de forma unilateral

A Natureza Inerentemente Instável do Capitalismo Contemporâneo
A Crise Financeira de 2007 e 2008
A Crise do Subprime nos Estados Unidos
A Regulação Financeira Internacional
Propagação da Crise e Propostas de Regulação: o G-20
O G-20 e o Sistema Financeiro Internacional
O G-20 na Crise e suas Propostas
Considerações Finais
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