Abstract

Nos feitos de natureza penal, é comum que a autoridade policial venha a se deparar com vestígios biológicos capazes de apontar a autoria do delito. A título exemplificativo, podem-se citar sêmen em crimes sexuais, células do agressor sob as unhas da vítima ou mesmo sangue do delinquente ao tentar se evadir pela vidraça de uma moradia. Contudo, diante de um alargamento interpretativo, extremado do princípio da presunção de inocência, há grande dificuldade em se proceder ao cotejo entre eventual material genético encontrado e a pessoa do investigado, tudo sob a justificativa da proteção que lhe é dada em não produzir prova contra si, revestindo-o com um escudo de impunidade. Em tal cenário, busca-se estabelecer diferenciação entre a produção de prova autoincriminatória e a tolerância de prova, esta última, entende-se, contornada pelos limites constitucionais.

Highlights

  • O princípio da presunção de não culpabilidade estabelece uma das balizas à interpretação penal e processual penal, de forma a figurar como instrumento de defesa de qualquer acusado frente ao direito de punir do Estado

  • it is common for the police authority to come across biological traces

  • that may point to the offender

Read more

Summary

A CONSTITUCIONALIDADE DA EXTRAÇÃO COMPULSÓRIA DE MATERIAL

RESUMO: Nos feitos de natureza penal, é comum que a autoridade policial venha a se deparar com vestígios biológicos capazes de apontar a autoria do delito. Diante de um alargamento interpretativo, extremado do princípio da presunção de inocência, há grande dificuldade em se proceder ao cotejo entre eventual material genético encontrado e a pessoa do investigado, tudo sob a justificativa da proteção que lhe é dada em não produzir prova contra si, revestindo-o com um escudo de impunidade. Busca-se estabelecer diferenciação entre a produção de prova autoincriminatória e a tolerância de prova, esta última, entende-se, contornada pelos limites constitucionais. Palavras-chave: Princípio da presunção de não culpabilidade. Extração compulsória de material genético para fins penais.

INTRODUÇÃO
DA PARTICIPAÇÃO PASSIVA DO INVESTIGADO NA PRODUÇÃO DA PROVA CRIMINAL
DO TRATAMENTO EMPRESTADO À MATERIA JUNTO AO DIREITO COMPARADO
CONCLUSÃO
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.