Abstract

Este artigo busca explorar questões relacionadas à estrutura das cidades, a partir do entendimento do papel dos espaços livres na percepção dos seus usuários e na própria vida cotidiana das cidades. Para isto, são analisados aspectos ligados à funcionalidade e a própria configuração espacial dos espaços livres. O objetivo da pesquisa é explorar questões já apontadas por autores e aplicar as teorias levantadas em exemplos de cidades tradicionais e novas. A metodologia consiste na revisão bibliográfica de autores que trataram do próprio fenômeno topológico, cujos entendimentos apontam para a cidade como um sistema de espaços livres interconectados, com hierarquias e sentidos próprios e, com determinados arranjos espaciais recorrentes. A aplicação destes entendimentos teve como resultado de pesquisa a identificação destes arranjos espaciais, em praças com monumentos e elementos de destaque, servindo de exemplos para ajudar a entender e verificar a importância destes elementos para a estruturação das cidades, sua percepção e relacionamento com seus habitantes. Como conclusão percebe-se que a maneira de ver e organizar os espaços livres, principalmente a partir do período barroco, é até hoje recorrente no planejamento de cidades no mundo, enfatizando a monumentalidade com aspectos simbólicos e uma ideia de ordem e disciplina nos arranjos espaciais.

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