Abstract

As cotas raciais no Ensino Superior brasileiro foram implementadas a partir do início da década de 2000, mediante a ação de diferentes atores sociais, dentre eles os grupos e organizações do movimento negro, e os cientistas sociais. Neste artigo, texto síntese do meu Trabalho de Conclusão de Curso, tenho por objetivo apresentar o debate que ocorreu no campo da antropologia acerca das cotas, marcado por fortes divergências entre os pesquisadores em um momento em que cabia aos próprios docentes implementar ou não uma política de reserva de vagas em suas universidades. A partir de uma revisão bibliográfica identifiquei aqueles que mais se envolveram com a discussão, separando-os em contrários e favoráveis, para então apresentar seus principais argumentos bem como as temáticas relacionadas à questão. Apesar da discussão ter extrapolado o ambiente universitário, os textos aqui analisados restringem-se a livros e artigos acadêmicos. Na tentativa de explicar os posicionamentos conflitantes, concluo apontando que os antropólogos partilham de noções distintas acerca do significado dos conceitos de raça e racismo, além de possuírem diferentes aproximações com o movimento negro.

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