Abstract

O artigo busca analisar as concepções de tempo e de escrita da história em dois cronistas, Pedro Mártir de Anglería e Antonio de Herrera y Tordesillas, ambos narradores dos eventos de 1492 em forma de "Décadas". O primeiro escrevendo no calor dos acontecimentos, na virada do XV para o XVI, e o segundo, no início do século XVII. Para atingir tais objetivos, buscamos uma contextualização de suas produções e procuramos verificar como suas concepções de história e de narrativa ligavam-se a preceitos políticos e providenciais. Além disso, realizamos uma discussão sobre o próprio conceito de crônica e seus modos de registrar a história espanhola como um fenômeno atlântico ao longo do século XVI, mostrando o modo pelo qual as fórmulas de Anglería e de Herrera relacionavam-se com a tradição e a modernidade.

Highlights

  • Quando Pedro Mártir de Anglería (1456-1526) chegou à Espanha, o que o movia de Roma, onde passara seus últimos dez anos, era a vontade de estar no centro daquilo que ele (e tantos outros contemporâneos) considerava ser o acontecimento mais importante de seu tempo: a derrota dos mouros e sua definitiva expulsão de terras cristãs europeias

  • This paper analyzes the conceptions of time and history writing in two chroniclers, Pedro Mártir de Anglería and Antonio de Herrera y Tordesillas, both narrators of the events of 1492 using the form of “Decades”

  • We have conducted a discussion on the concept of chronicle and how this form of historiography recorded the Spanish history as an Atlantic phenomenon through the 16th century, showing how Anglería and Herrera formulas were related to tradition and modernity

Read more

Summary

Introduction

Quando Pedro Mártir de Anglería (1456-1526) chegou à Espanha, o que o movia de Roma, onde passara seus últimos dez anos, era a vontade de estar no centro daquilo que ele (e tantos outros contemporâneos) considerava ser o acontecimento mais importante de seu tempo: a derrota dos mouros e sua definitiva expulsão de terras cristãs europeias. Sua manutenção como baliza dos textos sobre o Novo Mundo “podem ter servido como um obstáculo, mas também serviu como caminhos e técnicas para se compreender o novo”.11 Some-se isso à visão providencialista associada ao discurso histórico em fins do século XV e ao longo do XVI, e se chegará à razão que nos levou a escolher os dois cronistas oficiais da Espanha: Anglería e Herrera.

Results
Conclusion
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.