Abstract

Este artigo analisa a transformação na recepção crítica da peça The Boys in the Band, de Mart Crowley, enfocando-se o período transcorrido entre o lançamento da peça, em 1968, e sua versão cinematográfica, em 1970. Parte-se de uma breve contextualização e análise dos aspectos pioneiros da obra e de suas adaptações, assim como de suas reavaliações suscitadas pelos acontecimentos históricos circundantes, em especial à Revolta de Stonewall, marco para o Movimento LGBTQI+, ocorrida em 1969. No contexto de análise da recepção do texto original de Crowley, serviram de apoio reflexões de Hans Robert Jauss sobre o horizonte de expectativas dos leitores e aquele suscitado por uma obra literária.

Highlights

  • This article analyzes the transformation in the critical reception of the play The Boys in the Band, by playwright Mart Crowley, and of its cinematographic version, focusing on the short period between the launch of the play in 1968 and the film in 1970

  • Tations - of the readers and the one raised by a literary work – served as theoretical support

  • Michigan: Wayne State University Press, 2016. p. 141-162

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Summary

Introdução

Lançada em 1968, The Boys in the Band, em português Os rapazes da banda, peça do dramaturgo Mart Crowley (1935-2020), marca uma importante transição na representação de pessoas homossexuais no teatro, colocando personagens gays e suas histórias no centro da narrativa de um jeito inédito nos palcos mainstream dos Estados Unidos e alhures. A recepção calorosa ao texto de Crowley e à sua encenação original refletia uma crescente atenção dada a grupos minoritários – aspecto observado ao longo da efervescência cultural da década de 1960 – e também a valorização de uma nova forma de se abordar, nos palcos, tabus ainda existentes na sociedade daquele período. A partir daí, tais visões críticas e desditosas se sobrepuseram, fazendo com que The Boys in the Band passasse a ser encarada negativamente por gays liberacionistas e críticos de cultura ao longo das décadas seguintes, até que visões renovadas tanto sobre a peça quanto sobre o filme começassem a emergir. Considerando-se esse panorama, o presente artigo analisa, a partir da recepção original da peça, como as visões sobre ela se transformaram em um curto período de tempo a ponto de, apenas dois anos após o seu lançamento, ela ser considerada uma “peça de época”. No contexto de análise da recepção ao texto original de Crowley, serviram de apoio as reflexões de Hans Robert Jauss (1994) sobre horizonte de expectativas – dos leitores e aquele suscitado por uma obra literária

O contexto
A obra
A forma da obra
Uma mudança de horizonte
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