Resumo Objetivo comparar a qualidade de vida de pessoas idosas participantes e não participantes de grupos comunitários de uma região da Amazônia Ocidental Brasileira. Método Estudo observacional, de corte transversal. Participaram 424 pessoas idosas cadastradas na Estratégia Saúde da Família. Para coleta dos dados, utilizou-se questionário sociodemográfico e instrumentos de avaliação da qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde, WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD. Os participantes foram estratificados conforme a participação em três diferentes grupos comunitários: Grupo 1: grupo de exercício físico; Grupo 2: grupo de exercício físico e educação em saúde; Grupo 3: Grupo de atividades religiosas e/ou associação comunitária; e não participantes. Utilizou-se os testes qui-quadrado e regressão multinominal para analisar a qualidade de vida entre os grupos. Nível de significância de 5%. Resultados Amostra com faixa etária média de 69,86 anos; participantes de grupos comunitários (44,22%); e predominância do sexo feminino (66,75%). Observou-se diferença significativa (p<0,05) na qualidade de vida dos participantes de grupos comunitários quando comparados aos não participantes. Grupo 1: domínios Psicológico (OR=0,21); Meio Ambiente (OR=0,16; OR=0,21) e Participação Social (OR= 0,35). Grupo 2: domínios Meio Ambiente (OR=0,29; OR=0,19); Autonomia (OR=0,12; OR=0,26); Atividades Passadas, Presentes e Futuras (OR=0,44); Participação Social (OR=0,27) e Escore Geral (OR=0,46). Grupo 3: domínios Meio Ambiente (OR=0,31); Autonomia (OR=0,56) e Participação Social (OR=0,10; OR=0,47). Conclusão A participação em grupos comunitários foi associada a melhores escores de qualidade de vida, confirmando que o engajamento social permite ganhos importantes para a saúde e qualidade de vida, contribuindo para um envelhecimento saudável.
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