Com o objetivo de avaliar o efeito dos resíduos culturais de aveia preta (Avena strigosa), dispostos na superfície do solo, nas perdas de N por volatilização de amônia, conduziu-se um experimento a campo, em 2002/03, na UFSM (RS), em um Argissolo Vermelho distrófico arênico. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com três repetições. Os tratamentos constituíram da aplicação de uréia no milho, na presença e na ausência de resíduos culturais de aveia, em três épocas (pré-semeadura, semeadura e em cobertura). A uréia foi aplicada a lanço, sem incorporação ao solo, na dose equivalente a 50kg ha-1 de N, em cada época. Os resíduos culturais diminuíram os fluxos de volatilização de amônia quando eles proporcionaram maior umidade do solo no momento da aplicação da uréia, em relação ao solo descoberto. Em condições semelhantes de umidade de solo, entre os tratamentos com e sem resíduos culturais, houve maior volatilização de amônia, quando a uréia foi aplicada sobre os resíduos culturais. Quando ocorreu chuva no dia posterior a aplicação da uréia, não houve efeito dos resíduos culturais na volatilização de amônia. Na soma das três épocas de aplicação de uréia na cultura do milho, a quantidade de amônia volatilizada não diferiu entre os tratamentos com e sem resíduos culturais, com média de 17 % de perda do N-uréia aplicado.