O genótipo BRS Ana é uma nova cultivar de batata adequada para fritura à francesa, com potencial de processamento na forma de palitos pré-fritos congelados e de flocos, liberada em 2007. Foi desenvolvida pelo Programa de Melhoramento de Batata da Embrapa (Clima Temperado, Pelotas-RS, Transferência de Tecnologia - Escritório de Canoinhas-SC e Hortaliças, Brasília-DF), com base na aparência e rendimento de tubérculos, peso específico e qualidade de fritura. Os tubérculos têm película vermelha, levemente áspera, polpa branca, formato oval e olhos rasos. O potencial produtivo é alto. No ecossistema subtropical, apresentou maior produtividade (31,2 t ha-1) que as cultivares mais plantadas no país, quando cultivada no outono, e não diferiu na primavera. Em ecossistema tropical, plantio da seca, a cultivar BRS Ana foi tão produtiva (33,8 t ha-1) quanto as demais cultivares avaliadas. Produziu maior percentagem de tubérculos graúdos (55,6%) e peso médio dos tubérculos (108,4 g) que as testemunhas no outono do ecossistema subtropical. Em ambos os ecossistemas, a cultivar BRS Ana apresentou elevados valores de peso específico (1,086) e conteúdo de matéria seca (19,7%). Nos testes sensoriais mostrou-se adequada à fritura na forma de palitos, tanto no preparo doméstico, quanto na industrialização. É moderadamente suscetível à requeima (Phytophthora infestans) e tem boa resistência à pinta-preta (Alternaria solani). A reação à podridão-mole (Pectobacterium sp.) é similar à das cultivares mais plantadas. Apresenta baixa degenerescência de sementes por viroses, conferida pela resistência moderadamente alta ao PVY e baixa incidência do PLRV. Suscetibilidade a distúrbios de origem fisiológica nos tubérculos não tem sido observada. No ecossistema subtropical a tuberização é mais tardia na primavera, devendo portanto ser plantada mais cedo.