O trabalho objetiva refletir acerca das experiências de vida de imigrantes lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros que residem no Brasil, mais especificamente, na cidade de São Paulo. O enfoque recai sobre as dinâmicas comunicacionais e sua relação com o exercício da cidadania por parte desses/as imigrantes. Para tanto, tomamos como objeto empírico suas próprias vivências, acessadas por meio de narrativas autobiográficas. Apresentamos e analisamos aqui os relatos de uma mulher lésbica americana e de uma mulher transgênero finlandesa. No que concerne aos procedimentos metodológicos, eles estão pautados na realização de entrevistas semiestruturadas e em uma análise textual, orientada pela análise do discurso de linha francesa. Os apontamentos principais problematizam as discriminações, precariedades e violências a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros em nosso país, as (in)visibilidades presentes no processo migratório e as questões de cidadania aí englobadas.